Complexo Monumental de Santiago da Guarda Associação de Turismo Militar Português - ATMPT

Marca emblemática do património histórico de Ansião, este espaço apresenta elementos arquitetónicos e artísticos notáveis que encantam qualquer visitante. Parta à sua descoberta!

Monumento nacional desde 1978, o Complexo Monumental de Santiago da Guarda é uma marca emblemática do património histórico de Ansião! Único exemplar da arquitetura manuelina do concelho abre hoje as portas de forma interativa após um um novo projeto de musealização lançado em 2019. O Paço fortificado foi edificado sobre uma Villa Romana dos séculos IV e V. A sua torre quatrocentista tem origem medieval, argumento que contribuiu para a sua integração nesta Rede de Castelos e Muralhas do Mondego em 2017. Na parte residencial da villa destacam-se os pavimentos em mosaicos policromáticos, merecendo destaque o painel de grandes dimensões exposto em parede na área de acolhimento e os diferentes achados arqueológicos exibidos ao longo da exposição, entre eles um pote meleiro raro. Descubra que porta esconde a vieira de Santiago de Compostela, desvende que outras interpretações se escondem atrás da cruz do bom viver ou do nó de Salomão, aprecie a capela que já foi palheiro ou a torre de onde se avista o extenso olival da várzea que acolhe este monumento... Quer saber mais sobre o Complexo Monumental de Santiago da Guarda? Conquiste-o fisicamente (assim que possível) ou navegue pelo no nosso site! www.castelosemuralhasdomondego.pt

História

O Complexo Monumental de Santiago da Guarda integra o Paço dos Vasconcelos, Condes de Castelo Melhor, e uma Villa tardo-romana dos séculos IV-V, reunindo diferentes épocas históricas num espaço único.

O Paço dos Vasconcelos é uma residência senhorial quinhentista erguida a partir e em torno de uma matriz medieval turriforme, construída sobre a Villa de requinte, cuja área residencial é superior à do paço em si eda qual se destaca o conjunto de 17 mosaicos policromáticos descobertos em pleno século XXI, um dos quais eximiamente exposto na área de acolhimento.

Inserida na região da Ladeia e atravessada pela Estrada Coimbrã, esta propriedade constituiu, certamente, um reduto estratégico militar privilegiado à época da Reconquista Cristã. Com efeito, a linha de defesa baseada nos castelos de Pombal, Germanelo, Penela e Lousã, entre outros, durante o governo de D. Afonso Henriques, encontrou em torres dispersas pelo território o complemento necessário à guarda avançada de Coimbra, pelo que tudo indica que a torre quatrocentista resulta da intervenção realizada sobre uma torre preexistente.

Em 1468, D. Afonso V doa a João Rodrigues Ribeiro de Vasconcelos, membro do Conselho do Rei, alcaide-mor de Pombal e Comendador da Ordem de Cristo, a “Quintã da Guarda”, propriedade, “honrada e coutada”, que foi sendo transmitida ao longo de gerações. No decorrer da primeira metade de quinhentos, Simão de Sousa Ribeiro manda edificar, em redor da torre, um Paço “numa linha cortesã e humanista”.


Caraterização

Complexo constituído pela pars urbana de uma villa tardo-romana, uma torre quatrocentista e um paço quinhentista com capela. A torre de “planta quadrangular, com os ângulos reforçados por silhares, coroada por merlões” é rasgada por frestas e pequenas janelas de arco quebrado. “O acesso ao interior faz-se ao nível do primeiro piso, a partir de uma escada em pedra, localizada na fachada virada ao pátio”. O portal é de arco apontado, onde se observam vestígios de encaixe para os eixos laterais da porta. Originalmente a torre teria 3 pisos de sobrado, sendo que o primeiro corresponderia à sala e abria-se ao exterior através de 3 frestas (hoje entaipadas, comprovam, juntamente com outros elementos arquitetónicos, a existência de uma torre medieval) e uma janela conversadeira rasgada a poente. O Paço, “assegura ao conjunto um lugar de destaque na história da arquitetura doméstica portuguesa de Quinhentos”. “Com uma matriz vincadamente racional, residência e anexos configuram quatro alas em torno de um pátio central, definindo uma área retangular.” A entrada principal, a nascente, encontra-se “rigorosamente a eixo da porta da torre, vincando a nobreza do trajeto que, cruzando o pátio, articula os dois elementos mais significativos de todo o conjunto.”

A Capela, de planta quadrangular, ergue-se adjacente “à zona de maior recolhimento da ala nobre, em sintonia com o discurso de D. Duarte”, mantendo a “cobertura original com abóbada nervurada de perfil abatido”.

A discreta gramática manuelina, adotada quase sem exceção em todos os vãos, é abandonada nas mísulas e chaves, à exceção da central que ostenta “a pedra de armas dos Câmaras”, cuja afixação se deve ao casamento entre D. Mariana de Lencastre”. (TRINDADE, 2001).

A Villa Romana de séculos IV-V, da qual é possível observar uma área superior a 170 m2 de pavimento musivo, vem adicionar ainda mais riqueza ao património sobre ela edificado, tornando este complexo um conjunto patrimonial ímpar.


Classificação

Monumento Nacional (Decreto de 12 de setembro de 1978).

Idade inferior a 12 anos: gratuito

Adulto: 2,00€

+ 65 anos: 1,00€

Estudante: 1,00€

Portador de deficiência: 1,00€

Grupos com mais de 25 pessoas: 1,5€/pax

Horário de funcionamento:

Terça-feira a sexta-feira
Das 10h às 13h
Das 14h às 18h

Sábado e domingo
Das 14h às 18h

Encerra à segunda-feira e feriados.

EntidadeRede de Castelos e Muralhas do Mondego
Websitehttps://www.castelosemuralhasdomondego.pt
Emailturismo@cm-ansiao.pt
Telefone236 672 025
MoradaRua Condes de Castelo Melhor, Santiago da Guarda
GPS39.9481, -8.4803
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