Ainda não conhece o Castelo da Lousã?! Planeie já a sua visita a uma das joias patrimoniais do concelho da Lousã, que integra um Centro de Interpretação e Acolhimento de apoio ao visitante.
Incluído no complexo da Sra da Piedade, o Castelo de Arouce, pertence a uma das primeiras linhas defensivas criadas para controlar os acessos meridionais a Coimbra, na segunda metade do século XI, surgindo documentado pela primeira vez em 1087 no testamento de D. Sesnando Davides onde este declara que mandou povoar o local. Nos primeiros tempos da monarquia, a localidade desempenhou um papel importante, a que não foi alheia a sua condição de vila de fronteira. Em 1124, uma incursão islâmica tomou o castelo e, de novo na posse do Condado Portucalense, foi agraciada com foral em 1151, por D. Afonso Henriques. De acordo com uma lenda antiga, na época da ocupação muçulmana o castelo terá sido erguido pelo emir (chefe árabe) Arunce, para a proteção de sua filha Peralta e dos seus tesouros após derrotado e expulso de Conimbriga. Foram inauguradas, no dia 27 de abril de 2019, as obras de qualificação e acessibilização do Castelo que tiveram como objetivo a criação de condições de segurança e conteúdos para que o mesmo pudesse ser visitável no seu interior. Na mesma altura, foi também inaugurado um Centro de Interpretação e Acolhimento que além de facultar informação relevante sobre o Castelo, prestará também informação turística sobre o Concelho.
História
O Castelo de Arouce, também conhecido como Castelo da Lousã a partir do século XVI, foi construído em posição dominante, no topo de um monte escarpado na margem direita do rio Arouce.
Apesar das muitas lendas que envolvem o castelo e a região, pouco sabemos de forma absolutamente segura. O que parece poder comprovar-se é que Arouce [Arauz] já existia em 943, ano em que foi assinado um contrato entre o Abade do Mosteiro de Lorvão e o Moçárabe Zuleima Abaiud. Desconhece-se se a construção do Castelo data desta época. O que sabemos seguramente é que D. Sesnando Davides, a quem Fernando Magno, após conquista definitiva de Coimbra em 1064, entregou o governo de todo o território a sul do rio Douro, teve em Arouce uma intervenção profunda: povoando a região, como ele próprio afirma no seu testamento, e na definição do castelo, pelo menos ao nível de melhoramentos, facto que uma análise cuidada comprova.
Em 1151 D. Afonso Henriques atribui carta de foral ao Castelo de Arouce promovendo dessa forma a consolidação do povoamento e a reorganização administrativa do território.
Como qualquer castelo, também o de Arouce foi sendo atualizado de acordo com os avanços registados na arte da guerra.
Caraterização
Pequeno castelo de alvenaria de xisto com planta irregular, aproximadamente hexagonal. É dominado a Norte pela imponente torre de menagem cujo acesso se faz ao nível dos adarves, por porta ogival. A entrada do castelo, por sua vez, em curva ou cotovelo por forma a dificultar o acesso aos invasores, está situada a SE e é protegida por dois cubelos semicirculares. A SO encontramos um outro cubelo mais alongado e a OESTE outros dois mais pequenos, completando assim as estruturas defensivas. Todo o conjunto é coroado por ameias prismáticas, em grande parte reconstruídas nos restauros do século XX mas a partir de exemplos sobreviventes.
Classificação
Monumento Nacional (Decreto de 16 de julho de 1910).
Entrada gratuita.
Horário de funcionamento:
Sábados, Domingos e Feriados
10h30 às 12h30
1430h às 17h30
Entidade | Rede de Castelos e Muralhas do Mondego |
---|---|
Website | https://www.castelosemuralhasdomondego.pt |
geral@cm-lousa.pt | |
Telefone | 239 993 372 |
Morada | Localizado a 2 km da Vila da Lousã, num morro escarpado na margem direita do rio Arunce |
GPS | 40.1005, -8.23546 |
Redes Sociais |